“Pelo efeito da contraluz, pode-se perceber da torre, recortando-se exatamente sobre a claridade, as pequenas silhuetas cativas nas celas da periferia. Tantas jaulas, tantos pequenos teatros, em que cada ator está sozinho, perfeitamente individualizado e constantemente visível. O dispositivo panóptico organiza unidades espaciais que permitem ver sem parar e reconhecer imediatamente”. (Michel Foucault)
Prédios explora esses espaços em que decorre a vida quotidiana de qualquer pessoa, essas pequenas e grandes ações, lembranças, sensações, encontros, afetos, medos… que moldam as nossas geografias particulares… ou não…
Poema a poema percorre, debulha esses locais que nos protegem e nos expõem, que nos isolam ao nos inserirem em comunidades tão aparceladas, arrumadas, seriadas, disciplinadas quanto os próprios espaços. Como se constroem? Como os construímos? Como nos constroem? Como se destroem?