A situação sociolinguística galega resulta do cruzamento de dous processos em aparência paradoxais: um antigo processo de substituição polo castelhano das variedades galego-portuguesas faladas na Galiza, que se combina com um moderno processo de institucionalização de uma determinada norma do galego-português. Daí resulta um panorama em que a substituição das variedades faladas pode chegar a ficar simbolicamente oculta pola institucionalização de um código autorizado. Por outras palavras: na Galiza de hoje está em curso um terceiro processo, determinado ideologicamente, que estabelece a ocultação da substituição linguística através da propagação do discurso produzido polas elites políticas que gerem o poder institucional e que se apoiam simbolicamente no saber gerado por setores das elites intelectuais e técnicas. Vivemos num mundo de ilusões. Tentemos desvendar alguma delas.
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