Como em todo romance policial, há crime, investigação e intriga. No entanto, as oposições míticas não se estabelecem entre o policial e o criminoso, mas entre uma comunidade e um sistema corrompido e é por isso que também temos histórias de vida: um bairro de pequenas lojas empobrecido pela turistificação, violência machista, relações amorosas de juventude, identidade de género, passado e memória. Como é que todas essas histórias confluem?
Dixie em Wonderland é um texto polifónico com grande multidão de testemunhos e vozes. Todas elas, pouco a pouco, como numa aranheira, criam elos. Quem ler atentamente achará que nem só é um romance policial, senão que o crime é apenas um dos muitos acontecimentos que têm como pano de fundo uma denúncia social.
O acaso, presente em toda a novela, será o elemento que possibilite todas essas narrativas que aos poucos se irão ligando até chegarmos a um final estrambótico que nos deixará em suspense até a última página.
Se quiserem fazer deste romance algo mais do que um texto para ler, aconselhamos ouvirem as músicas que nos acompanham ao longo de Dixie em Wonderland.
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