“A viagem por uma língua, como muito bem diz Valentim Fagim no final do livro que tens nas mãos, é infinita — e dizer isto nem é bem uma metáfora. Podemos imaginar frases em português e continuar por toda a eternidade. Não nos acabaria a língua nunca. Assim, aprender qualquer um dos idiomas das Terra é um desafio e uma aventura, mas também algo tremendamente recompensador. De repente, temos mais uma infinitude de frases dentro de nós. De repente, podemos falar e conversar e escrever como queremos noutra língua, com mais pessoas, com palavras que nos espicaçam para pensar de outra maneira — não porque as línguas sejam fundamentalmente diferentes, mas porque cada língua tem os seus atalhos secretos para falar do mundo”
Do prefácio de Marco Neves