Contar a dança não é uma tarefa simples, para não dizer impossível, mas, como tudo o que é imprescindível na vida, necessita de ser contada. Ninguém poderia conceber uma vida sem dança, e também não se pode conceber uma cultura sem a arte da dança. Aliás, escrever a sua história é um exercício de justiça para com as heroínas e heróis que decidiram dedicar-lhe a vida, num contexto de extrema dificuldade. Nesta história, centramo-nos na dança contemporânea, que é a mais livre e heterodoxa de todas as modalidades e estilos. Aquela que, portanto, melhor pode expressar a criatividade de um povo. A galega é especialmente poemática, dentro de um efervescente ecletismo.Quer mais concetual, quer mais acrobática e circense ou com o pé no tradicional, a dança contemporânea galega nunca renuncia ao existencial e à ligação à terra. Habituada ao adverso, o seu vitalismo é irredutível.
Edição promovida por AGADIC (Agência Galega de Indústrias Culturais), Deputación de Lugo e Concelho de Santiago de Compostela.
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