Uma das vantagens da Internet, como se sabe, é que os textos superam os limites dos formatos impressos. Como cantava Gilberto Gil, “Eu quero entrar na rede pra contactar os lares do Nepal, os bares do Gabão”. Ora, longe do que se pensa, a Internet não garante a eternidade, na verdade, nada o garante. É assim que sites que acolhem textos podem acabar por cair, por sumir sem deixar rasto para aquelas pessoas curiosas por um tema qualquer. Outro ponto fraco da Rede é a dispersão. Artigos de uma dada temática aparecem em diferentes sites, em diferentes espaços e juntá-los exige paciência e tempo, ambos em perigo de extinção nos tempos que nos calhou viver.
É por tudo isto que nasceu este livro. Os coordenadores de Remédios para o Galego reparámos em que havia muita produção de qualidade no âmbito do reintegracionismo mas estava esparsa e com risco de desaparecer. É por isso que reunimos a maior produção possível em formato opinião e fizemos uma seleção na procura dos textos mais significativos e comunicativos segundo o nosso parecer. Visualizamos estes textos como remédios para a língua da Galiza, remédios que aconselhamos ingerir em pequenas doses diárias a fim de serem mais eficazes. Recomendamos que sejam ingeridos de noite, antes de dormir e no nosso quarto onde poderemos encontrar diferentes combinações de temas.