Luís Gonçales Blasco (Foz, 1941) contacta em 1960 com o grupo Brais Pinto. Na Galiza, incorpora-se no Conselho da Mocidade, de onde será expulso, como todos os membros considerados “comunistas”, pelo sector pinheirista. Com uma boa parte dos expulsos e pessoas de gerações anteriores, como Luís Soto e Celso Emílio Ferreiro, fundam a UPG a 25 de julho de 1964. Passa à clandestinidade em janeiro de 68 e, meses mais tarde, procura asilo político na França. Em 1969, com a ajuda inicial de Henrique Harguindey, começa a organizar a infraestrutura e a militância europeia da UPG. Em 1978, abandona a UPG para se integrar no Partido Galego do Proletariado, assistindo ao seu congresso fundacional. Desde então, move-se sempre no mundo do independentismo, organizado ou sem organizar.
Professor aposentado de Língua e Literatura, membro da AGAL e académico da Academia Galega da Língua Portuguesa, tem publicado trabalhos em revistas, como Agália ou o Boletim da AGLP, bem como em livros coletivos ou de homenagens. Antes de publicar, em 2012, “A política e a organizaçom exterior da UPG (1964–1968)”, o seu trabalho mais ambicioso nesse campo, tinha publicado “Da crise no Comité Central da UPG em 1976 à cisom da FPG em 1989”, no livro coletivo “Para umha Galiza Independente”, coordenado por Domingos Antom Garcia e publicado em 2000.