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A UPG em Portugal e alguma coisa mais

Em 2012, Luís Gonçales Blasco “Foz” apresentava um vasto livro sobre a política e organização exterior da UPG nos seus primeiros anos. Com o presente texto, o livro cresce e é revisto, mostrando como a UPG encontrou, em Portugal, um lugar para fazer política contra a ditadura franquista e, da mesma forma, contra a política antisalazarista. A relação com a esquerda portuguesa continua, de facto, a ser uma parte fundamental da política do nacionalismo galego. Abordam-se aqui, também, as relações da UPG com os partidos espanhóis à esquerda do PSOE e, ainda, com os partidos nacionalistas não signatários da Carta de Brest.

Este volume apresenta, em suma, um olhar privilegiado da história política da Galiza contemporânea, no tempo do tardofranquismo e da Transição, dada a implicação política do seu autor na história que relata. O livro caminha entre esta história política documentada e o relato em primeira pessoa de momentos importantes da história do soberanismo galego, como o episódio em que se ouve, pela primeira vez, Zeca Afonso, na Galiza.

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Luís Gonçales Blasco (Foz, 1941) contacta em 1960 com o grupo Brais Pinto. Na Galiza, incorpora-se no Conselho da Mocidade, de onde será expulso, como todos os membros considerados “comunistas”, pelo sector pinheirista. Com uma boa parte dos expulsos e pessoas de gerações anteriores, como Luís Soto e Celso Emílio Ferreiro, fundam a UPG a 25 de julho de 1964. Passa à clandestinidade em janeiro de 68 e, meses mais tarde, procura asilo político na França. Em 1969, com a ajuda inicial de Henrique Harguindey, começa a organizar a infraestrutura e a militância europeia da UPG. Em 1978, abandona a UPG para se integrar no Partido Galego do Proletariado, assistindo ao seu congresso fundacional. Desde então, move-se sempre no mundo do independentismo, organizado ou sem organizar.

Professor aposentado de Língua e Literatura, membro da AGAL e académico da Academia Galega da Língua Portuguesa, tem publicado trabalhos em revistas, como Agália ou o Boletim da AGLP, bem como em livros coletivos ou de homenagens. Antes de publicar, em 2012, “A política e a organizaçom exterior da UPG (1964–1968)”, o seu trabalho mais ambicioso nesse campo, tinha publicado “Da crise no Comité Central da UPG em 1976 à cisom da FPG em 1989”, no livro coletivo “Para umha Galiza Independente”, coordenado por Domingos Antom Garcia e publicado em 2000.

Título

A UPG em Portugal e alguma coisa mais

Autoria

Luís Gonçales Blasco

Género

Ensaio

Descrição

144 páginas, 14 x 214 cm

Coleção

Através de Nós, 30

Diagramação

Miguel Durão

Ano de Edição

2022

ISBN

978-84-16545-75-9

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